A reportagem do Campo Maior em Foco teve acesso ao depoimento do policial do BEPI, Hesron Gonçalves de Sousa, que matou o motorista Werick Silva Alves, de 19 anos, em Campo Maior, no norte do Piauí, na madrugada da última sexta-feira (25).

O policial declarou que, na quinta-feira (24), chegou a Campo Maior por volta das 16h para visitar sua namorada, com quem se relacionava havia cinco meses.

Durante a madrugada, por volta das 2 horas, ele alegou que foi acordado pela namorada, que o informou ter ouvido um barulho na porta da casa. Ao se levantar e ir até o quintal, notou pegadas e, de repente, ouviu disparos de arma de fogo, onde Werick surgiu em sua direção com um facão.

Ainda de acordo com o depoimento, foi então que ele efetuou os disparos, alegando que foram mais de um, porque Werick teria continuado avançando em sua direção com o facão.

Ele disse não se lembrar de quantos disparos foram realizados, mas afirmou que foram mais de dois. Após o crime, o policial deslocou-se até Teresina, apresentou-se ao seu superior e entregou a arma de fogo.

Logo depois, voltou a Campo Maior para apresentar sua versão dos fatos.

O policial militar Hesron Gonçalves de Sousa e Silva é lotado no Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), de Teresina.

O que diz a mãe da vítima 

A mãe da vítima, identificada apenas como Cecília, apresentou sua versão dos fatos durante uma entrevista à rádio FM Cidade.

Segundo ela, seu filho realmente saiu de casa escondido, mas fez questão de destacar que o jovem era honesto e negou a versão de que ele teria pulado o muro da casa da vizinha.

De acordo com seu relato, Werick havia retornado de um bar para sua casa e cerca de 15 a 20 minutos depois, enquanto ela já ainda estava em seu próprio quarto, ele teria pulado o muro da residência para sair, já que abrir o cadeado do portão poderia chamar a atenção. A mãe relatou ter ouvido os disparos e chegou a ir até o quarto de Werick, mas decidiu não chamar o filho.

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