
A Polícia Federal realizou nesta terça-feira (8) a Operação Underhand, que apura desvio de verbas públicas por meio de emendas parlamentares e fraudes em licitações envolvendo prefeituras do Ceará. O principal alvo é o deputado federal Júnior Mano (PSB-CE), que teve o gabinete em Brasília vasculhado por agentes.
A operação é parte de uma investigação que tramita sob sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a PF, um grupo ligado ao parlamentar cobrava 12% de “pedágio”das prefeituras sobre o valor das emendas para liberar os recursos e direcionar as contratações. Parte dos recursos públicos desviados teriam financiado campanhas eleitorais nas eleições municipais do ano passado.
Foram cumpridos 15 mandados nas cidades de Fortaleza, Nova Russas, Eusébio, Canindé e Baixio, além de Brasília. Novas Russas é administrada pela esposa de Júnior Mano, Giordanna Mano (PRD), e foi município que mais recebeu emendas do parlamentar.
Ministro autorizou investigação
A operação foi autorizada pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. A autorização do magistrado teve o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Além disso, o ministro autorizou o acesso aos dados telemáticos de celulares apreendidos e o bloqueio de ativos financeiros, totalizando R$ 54 milhões, pertencentes a pessoas físicas e jurídicas investigadas.
Segundo uma apuração do Em Foco, o deputado federal Júnio Mano lançou sua candidatura ao Senado pelo Ceará. É importante notar que Chiquinho Feitosa, que também registrou sua candidatura ao Senado para 2026, é cunhado do ministro que autorizou a investigação.
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