
A partir de segunda-feira (30) professores e auxiliares da rede privada de ensino do Piauí decidiram por uma greve geral por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piauí (SINPRO-PI), a decisão foi tomada após seis tentativas de negociação - sendo três diretas entre os sindicatos e três sem acordo com o setor patronal.
A categoria denuncia a ausência de propostas concretas, tentativas de retirada de direitos e a falta de valorização profissional. A paralisação terá início com um ato público às 7h30 de segunda-feira, no cruzamento da Avenida Frei Serafim com a Rua Goiás, no Centro de Teresina e têm o objetivo de chamar atenção da sociedade e cobrar respeito aos profissionais da educação privada.
Entre os principais pontos de insatisfação estão:
- Proposta patronal de reajuste apenas pelo índice inflacionário (5,32%), sem ganho real, enquanto a categoria acumula perdas inflacionárias de 5% a 10% nos últimos anos;
- Novo piso salarial proposto que mantém parte da categoria recebendo apenas o salário mínimo nacional;
- Tentativa de retirada de direitos, como a bolsa de estudo para professores e auxiliares do ensino superior, especialmente nas áreas da saúde;
- Recusa em garantir estrutura mínima de trabalho, como salas adequadas para funcionários nas escolas.
"A categoria tentou todas as vias possíveis de negociação. A greve é um direito constitucional e está sendo convocada diante da omissão patronal. A luta é por valorização, dignidade e condições justas de trabalho", destaca a direção do SINPRO-PI.
O SINPRO-PI informou ainda que as negociações com o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado (SINEPE-PI) não avançaram, mesmo com a mediação do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região.
“O movimento é legal e legítimo. Tentamos todas as formas de negociação. A greve é nossa resposta à omissão patronal”, afirmou a direção do sindicato.
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