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  20:15

Atiradores matam 11 pessoas em evento judaico da Austrália; um suspeito é morto e outro detido

Um ataque a tiros neste domingo (14) na praia de Bondi, em Sydney, deixou 11 mortos e 11 feridos, incluindo dois policiais. Um dos suspeitos morreu e o outro foi detido em estado crítico.

O Itamaraty disse que, até o momento, não há informação sobre brasileiros atingidos.

O ataque aconteceu durante uma celebração do festival judaico de Hanukkah. Durante uma coletiva de imprensa, o comissário da polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, classificou o evento como um "incidente terrorista".

A polícia investiga se há um terceiro suspeito envolvido.

O comissário informou ainda que 29 pessoas foram levadas para diversos hospitais de Sydney, incluindo os dois policiais. "O estado de saúde desses agentes e dos demais feridos é grave", afirmou Lanyon.

Ainda durante a coletiva, o primeiro-ministro de Nova Gales do Sul, Chris Minns, disse que "o ataque foi planejado para atingir a comunidade judaica de Sydney, no primeiro dia do Hanukkah".

"É a cena mais inacreditável que já vi: um homem se aproximando de um atirador que havia disparado contra a comunidade e, sozinho, o desarmando, colocando sua própria vida em risco para salvar a vida de inúmeras outras pessoas", disse Minns.

O homem que desarmou o atirador foi atingido por dois disparos, um no braço e outro na mão, mas se recupera bem no hospital, segundo um parente, disse o jornal The Guardian. Ele tem 43 anos e é vendedor de frutas.

Mike Burgess, diretor-geral da inteligência australiana (ASIO) disse que a agência está analisando a identidade dos atiradores e se existe “alguém na comunidade que tenha intenção semelhante”.

“É importante ressaltar que, neste momento, não temos qualquer indicação disso, mas trata-se de algo que está sendo investigado ativamente”, afirmou.

Segundo ele, o nível de ameaça terrorista na Austrália permanece como "provável". “Não vejo isso mudando neste estágio. Provável significa que há 50% de chance de um ato terrorista. Infelizmente, vimos esse ato horrível ocorrer hoje à noite na Austrália.”

A polícia australiana acrescentou que um "objeto que se acredita ser um artefato explosivo" foi retirado de um carro próximo à praia.

“Uma série de itens suspeitos localizados nas proximidades está sendo examinada por agentes especializados, e uma área de exclusão foi estabelecida”, informou a polícia de Nova Gales do Sul em comunicado divulgado às 21h (no horário da Austrália).

Mais cedo, em um comunicado, o primeiro-ministro Anthony Albanese afirmou que as imagens vindas de Bondi eram “angustiantes e chocantes”, e que policiais atuavam no local para "tentar salvar vidas".

A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Penny Wong, classificou o tiroteio em Bondi como “repugnante” e manifestou condolências às famílias das vítimas do ataque.

“O terrorismo, o antissemitismo, a violência e o ódio não têm lugar na Austrália”, afirmou.

“Minhas mais profundas condolências às pessoas que perderam entes queridos nesta noite. Desejamos a recuperação completa de todos os feridos e expressamos nossa solidariedade à comunidade judaica australiana", afirmou.

Os Estados Unidos condenaram "veementemente” o ataque.

“O antissemitismo não tem lugar neste mundo. Nossas orações estão com as vítimas desse ataque horrível, com a comunidade judaica e com o povo da Austrália”, escreveu o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em uma publicação na plataforma X.

António Guterres, secretário-geral da ONU, classificou o episódio como um “ataque hediondo e mortal”:

“Estou horrorizado e condeno o ataque hediondo e mortal cometido hoje contra famílias judias. Meu coração está com a comunidade judaica em todo o mundo neste primeiro dia do Hanukkah, uma festividade que celebra o milagre da paz e da luz vencendo a escuridão.”

Fonte: G1

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