A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), por meio da Coordenação de Doenças Transmissíveis e da Supervisão de Tuberculose, realiza, de 1º e 5 de setembro de 2025, uma ação de busca ativa para detecção de tuberculose latente na Penitenciária Capitão Carlos José Gomes de Assis, em Altos. A iniciativa consiste na aplicação e leitura da Prova Tuberculínica (Derivado Proteico Purificado – PPD) junto à população privada de liberdade (PPL).

A atividade é desenvolvida em parceria com a Secretaria de Justiça do Estado (Sejus), por meio do Setor de Humanização, fortalecendo o trabalho integrado no sistema prisional. O objetivo é identificar casos de tuberculose latente em um grupo considerado de alta vulnerabilidade. 

Estudos mostram que pessoas privadas de liberdade têm 28 vezes mais risco de desenvolver a doença em comparação com a população geral.

A supervisora de Tuberculose da Sesapi, Ivone Venâncio, destacou que “com essa busca ativa, conseguimos identificar precocemente os casos latentes e evitar que evoluam para a forma ativa da doença, quebrando a cadeia de transmissão e protegendo não só os internos, mas também os profissionais que trabalham no sistema prisional e a comunidade em geral”.

A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões. Considerada um dos maiores desafios da saúde pública mundial, em 2022 foram registrados 10,6 milhões de novos casos e 1,1 milhão de mortes pela doença. No Brasil, somente em 2024, foram notificados mais de 85 mil novos casos, com uma taxa de incidência de 40,1 por 100 mil habitantes.

Apesar dos avanços, o país ainda figura entre os 30 com maior carga da doença no mundo, ao lado do Peru na América Latina. O Brasil é o único da região presente em duas categorias de alta carga: tuberculose e coinfecção TB-HIV. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como meta reduzir a incidência da tuberculose em 90% e a mortalidade em 95% até 2035.