
O senador Marcos do Val (Podemos-ES) viajou aos Estados Unidos durante o recesso parlamentar, contrariando determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A viagem de do Val foi noticiada inicialmente pelo portal Uol. Ele saiu do Brasil por Manaus, com o passaporte diplomático.
"Cumpre ressaltar que cabe ao requerente adequar suas atividades às medidas cautelares determinadas e não o contrário. Diante do exposto [...] indefiro o pedido feito por Marcos Ribeiro do Val", escreveu Moraes no dia 16, após do Val pedir para viajar.
Em nota oficial, o parlamentar afirmou que viajou “com toda a documentação diplomática e consular plenamente regular” e disse que a saída do país foi informada antecipadamente ao STF, ao Ministério das Relações Exteriores e ao Senado Federal.
“Meu passaporte diplomático, emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, está válido até julho de 2027 e sem restrição”, disse o senador.
Passaportes
Uma decisão unânime da Primeira Turma do STF, em fevereiro de 2025, rejeitou recurso do senador e manteve a determinação de bloqueio e entrega dos passaportes — inclusive o diplomático (um tipo de passaporte especial emitido pelo Itamaraty).
A medida cautelar foi mantida diante da suspeita de que do Val integrava um grupo que estaria realizando campanha de intimidação contra policiais federais.
Em outras situações de apreensão de passaportes, a Polícia Federal informou que não cabia a ela, mas ao Itamaraty, reter passaportes diplomáticos.
No caso da saída de do Val do país, nem PF, nem Itamaraty se manifestaram oficialmente até a última publicação desta reportagem.
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